“Roger Misès conduziu com muita determinação e sensibilidade uma verdadeira revolução arquitetural e humana do espaço, através da criação de pequenas unidades terapêuticas permitindo uma convivência organizada e calorosa entre cuidadores e cuidados.
Sobretudo, ele introduziu articulações e complementaridades entre estratégias terapêuticas, educativas e pedagógicas, em uma busca permanente de coerência e de continuidade entre elas.
A partir de então foi desenvolvida uma verdadeira cultura institucional inovadora que, além de buscar uma regulação constante entre os membros da equipe e dos pacientes, incluía também as famílias na avaliação das estratégias terapêuticas.
Assim, Misès, dentro de uma perspectiva explícita de “fazer trabalhar” a história, o contexto de vida, o perfil psicopatológico e o funcionamento psíquico singular de cada criança, sempre nos lembrava, que uma criança “nada tinha de um adulto em miniatura”.
Palmyr Virginio da Silva Júnior