Entre o verdadeiro e o Real, quem sou?

Escrito por: Valéria Codato Antonio Silva em 27/01/2021

O encontro com a verdade nos desperta para o encontro com nossa “extimidade”, diria Lacan. O que nos parece tão íntimo, mas que contempla o dentro e o fora, e rompe com a dicotomia num movimento moebiano constante. Por isso, dizemos que o inconsciente está na pele, na superfície, na ponta da língua de todo ser falante e não nas profundezas da alma como alguns insistem em disseminar.

 

A tradutora do Seminário 21, Letícia Fonseca, nos adverte que para Lacan a interpretação psicanalítica produz ondas. Quem já não se viu atravessado por um tsunami durante uma sessão de análise, ou várias delas? Ondas gigantescas que nos retiram o norte, nos jogam para um lugar inquietante e que diz respeito ao estranho familiar freudiano. Lugar (in)familiar, mas já habitado, morada da angústia, do pesadelo, da sensação de morte eminente ou de desaparecimento.

 

Lugar onde sou, mas não penso. Lugar do Real, que ex-iste e insiste em se revelar como verdade, ao ser capturado pela rede de significantes.

 

Neste seminário 21 (1973-74), Lacan confere ao Imaginário seu lugar de dignidade na psicanálise. Lembremos que no início de seu ensino (anos 50), considerado por alguns didáticos como o “período do Imaginário”, não somente ele nos apresentava o Estadio do Espelho, a Formação do Eu, sua importância nas psicoses e, mais especificamente, na paranóia apoiado no Caso Aimèe, mas também enfatizava críticas ao que considerava uma clínica fortemente pautada no Imaginário realizada pelos colegas psicanalistas daquela época. Passou, então, a exaltar a dimensão simbólica - dit-mansion – ou a linguagem como morada do ser. Momento do retorno à Freud e de desenvolver a premissa do “Inconsciente estruturado como uma linguagem”. Para os que gostam de fatiar sua trajetória teórica, é no terceiro Lacan (anos 70) que vemos despertar a Clínica do Real. Esquecem-se, contudo, de que já em 1964, no Seminário XI, aquele marcado pelo retorno à Freud e por sua ruptura com as instituições que desconsideravam seu ensino e sua prática, ele já dizia que a psicanálise se sustenta no “coração do Real”.

 

Praticamente 10 anos depois, no Seminário 21 (sim, 21, onde há dois numerais 2+1 cuja soma resulta em 3)encontraremos a afirmação de que o Imaginário é uma dit-mansion tão importante quanto as outras, ou seja, as três dimensões do espaço habitado pelo ser falante – Real, Simbólico e Imaginário- são equivalentes quanto à sua importância e há uma solidariedade de vizinhança entre elas.

 

Vejam um negocinho que me dei ao trabalho de construir para mostrar-lhes” (p. 47) e assim Lacan nos apresenta o nó borromeu (Lição III do Sem.21) não para demonstrar algo, mas para mostrar! E, entre fios, tranças e cordas me dispus à fabricação desse tricot com minhas colegas do Cartel. Afinal, Lacan sempre dizia que num quadro plano, não é possível apreender o que seja o nó borromeu (ou a cadeia borromeana como irá depois denominar essa amarração de 3 em UM). Na prática, uma atividade lúdica a ser feita com aros de barbante ou de qualquer outro material flexível, ou até mesmo com cubos, aqueles brinquedos lógicos que damos às crianças para se entreterem ao tentarem encaixá-los. A ideia é que possamos alcançar a figura em 3 dimensões, como ele insiste em várias Lições do Seminário.

 

Ao seguir os passos lacanianos, nessa produção não há qualquer ordenação. Não há um primeiro, um segundo, um terceiro, nem mesmo um que deva ocupar o meio com 2 extremidades. Por se equivalerem: “Qualquer um dos 3 círculos pode desempenhar esse papel”, nos diz Lacan (p.157), para quem o Nó Borromeu enoda R S I, e apenas a escrita os distingue. Porém, basta que uma dessas rodas de barbante seja cortada para que as outras estejam livres.

 

Lacan insiste, contudo, naquilo que ex-siste: O real é o que faz 3! “Eu te batizo Real porque, se tu não existisse, seria preciso inventar-te” (p.58)

 

Não seria porque o simbólico articulado ao imaginário produz um saber inconsciente repleto de sentidos e significações que são inventados, justamente pelo motivo de que há um Real que se repete e insiste em não se escrever?

 

Para Lacan, o que trabalha no discurso analítico é o saber Inconsciente, nosso único lote de saber (p.26). É pela rede de significantes que a verdade comparece no discurso do sujeito. Meia-Verdade, posto que será sempre parcial. Como ele próprio enfatiza: “Na análise, o odor de verdade é apenas um efeito disto: que ela não emprega outros meios senão a palavra”. (Lição 3)

 

Contudo, Lacan também é enfático ao afirmar que nem todo saber é linguagem. Dirá ainda que a linguagem não é feita de palavras, que não devemos confundir as palavras com as letras e que há um saber no Real. A linguagem, nos diz ele, é efeito do significante UM. O saber é consequência de que há um outro com o qual se faz dois. Porque contamos dois que podemos chegar a três. Ou seja, se não há um imaginário que possa enlaçar os significantes, não há possibilidade de palavração.

 

O que “não cessa de se escrever”tece o sentido necessário, laço unificante entre significantes que somente se rompe para que o sentido desapareça. “O que não cessa de não se escrever” e que não se pode ser abordado senão pelas letras, é o encontro do impossível. Mas, alguma coisa que é dita “cessa de se escrever”. A palavra existe e é nisso que a coisa deve ser concebida como possível. No limite, afirma Lacan, tudo é possível pelas palavras, precisamente com essa condição de que elas não tenham mais sentido. É somente das letras que se funda o necessário, assim como o impossível.

 

No Discurso Analítico, ao dizer a verdade é que se chega a abrir caminho em direção a alguma coisa que é, realmente, contingente – Isso cessa de não se escrever! Desse modo, Simbolizar o Real é possível na cena analítica, pois o dizer traz a possibilidade de escrever o que não está escrito, de cifrar para além de decifrar.

 

No Seminário 18 (1971), Lacan já afirmava que a verdade não diz o Real. A verdade diz do Sujeito e aponta para o Real. O Real do gozo emerge no discurso Inconsciente e como efeito de uma intervenção exata do analista, o semblante se desfaz pela queda do sentido.

 

Afirma ainda que psicanálise é um “discurso sem palavras” e nos adverte: Leiam a letra! Essa é a função de uma análise, pois a letra (escritura) localiza-se na fronteira entre o significante e o real, faz borda, litoral entre dois campos distintos mas entrelaçados: o campo do saber Inconsciente (verdadeiro) e o campo do gozo (Real). E para alcançar a letra, é preciso esvaziar as palavras de sentido.

 

Quando Lacan afirma que há um saber no Real, sustenta-se em Aristóteles, que abriu o caminho para a verdade a partir da lógica, ao esvaziar os sentidos dos termos, substituindo-os por letras e conclui que a lógica é a Ciência do Real.  Portanto, ao esvaziar as palavras de sentido, substituí-las por letras, a passagem para o Real se abre.

 

O Inconsciente é um saber em construção, um saber que se inventa para preencher o buraco no Real. Ao preservar o lugar da verdade, o discurso analítico permite chegar às bordas do Real. Como dizia Ariano Suassuna: “Ao redor do buraco tudo é beira”. E, só poderemos nos aproximar do buraco pelas beiradas, pelas bordas.

 

Para Lacan: “Todos nós inventamos um negócio para preencher o buraco no real. Ali onde não há relação sexual, isso faz traumatismo: Inventa-se!” Por isso, argumenta que “o dizer verdadeiro é a ranhura por onde passa a ausência, a impossibilidade de escrever, de escrever a relação sexual. E, o Real é o que se determina pelo que não se pode, de maneira nenhuma, escrever a relação sexual.” (Lição7)

 

Desse modo, o saber a gente inventa, é uma ficção, mas a verdade não! Só podemos inventar uma nova redistribuição das letras, escrever um novo texto escrito, com novas frases e pontuações.

 

Enquanto fazia as leituras e releituras do Seminário 21 e de outros textos que pudessem enriquecer meus estudos do Cartel, assim como tantos outros mortais que enfrentam essa pandemia, em minhas horas de entretenimento “em casa” usei e abusei do recurso chamado Netflix. E, uma das séries que acompanhei neste período me instigou a um diálogo com Lacan.

 

Dark é uma premiadawebsérie alemã, dos autores Baran boOdar e JantjeFriese,que mistura drama, suspense e ficção científicae que foi eleita como a melhor série original Netflix na atualidade O roteiro se passa na cidade fictícia de Winden, na Alemanha, que sofre o impacto do desaparecimento de uma criança, e que expõe os segredos e as conexões ocultas entre quatro famílias locais, enquanto elas lentamente desvendam uma sinistra conspiração de viagem no tempo que abrange várias gerações. Ao longo das 3 temporadas, os episódios de Dark exploram as implicações existenciais do tempo e seus efeitos sobre a natureza humana.

 

A história começa em 2019, mas logo de início somos transportados para os anos de 1986 e 1953 através de viagens no tempo (ciclos a cada 33 anos). Os acontecimentos não são mostrados de forma linear ou cronológica; e os personagens aparecem em diferentes fases de suas vidas: crianças, adultos e idosos, por exemplo.

 

As viagens no tempo são possíveis devido à existência de um “buraco de minhoca” num sistema de cavernas abaixo da usina nuclear local e também através da máquina do tempo criada artificialmente pra esse fim, segundo teorias físicas.  As ditas viagens ampliam-se para os anos 2020, 1987 e 1954, chegando aos anos 2053 e 1921, nos últimos episódios. Enquanto isso, um evento apocalíptico está prestes a acontecer na cidade em 2020.

 

Em Dark, os acontecimentos ao longo do tempo não se influenciam apenas na ordem que parece lógica: "O tempo não influencia apenas o futuro: o futuro também influencia o passado. Eles estão conectados", afirma o personagem H.G. Tannhaus, relojoeiro e autor, na série, de um livro chamado Uma Viagem no Tempo. Palavras inspiradas em Albert Einsten: “a diferença entre passado, presente e futuro é somente uma persistente ilusão.

 

Há uma repetição infindável nesta trama. Em busca de impedir que algo aconteça no futuro, os viajantes retornam ao passado. Tentativa sempre fracassada, pois o mesmo acontecimento que buscam evitar, sempre comparece.Podemos aqui nos remeter ao “Eterno Retorno” de Nietzche, teoria que sugere que toda a energia e existência do universo sempre foram recorrentes e estão fadadas a continuar ocorrendo da mesma forma infinitas vezes. Ou então recorremos ao Tychè de Aristóteles, repetição do Real que Lacan apresenta no Seminário XI (1964) como um encontro sempre faltoso, que insiste no movimento inesgotável da repetição daquilo que busca simbolização.

 

A série também se utiliza de símbolos visuais, e um deles é a triquetra, comumente utilizado por diversas culturas pagãs. Em geral, as três pontas simbolizam a vida, a morte e o renascimento, além de passado, presente e futuro, marcações do tempo muito utilizadas na narrativa. O triádico também está presente em 3 temporadas, onde se repetem 3 ciclos, a cada 33 anos.

 

Conhecida em muitos lugares e religiões como "Os Círculos da Existência", a triquetra é um símbolo que representa uma ordem de três acontecimentos que se complementam e não podem existir isoladamente, visto que um é a consequência do outro e também a finalidade dos outros dois. Com a sua ideia de que não existe início ou fim para nada, estando tudo interligado em uníssono, é comum que cada religião veja a triquetra de sua maneira. Na trama da série, esse símbolo também aparece na capa de um livro que é tomado como “a escritura sagrada”, onde toda a verdade é revelada.

 

Desde a primeira aparição da “triquetra”, fui instigada a pensar no ternário nó borromeu lacaniano. Lacan já nos dizia no Seminário 21(p56): “Entre o seu Simbólico, o seu Imaginário, e o seu Real, desde o tempo em que lhes repito sem cessar, vocês sentem que o tempo de vocês, o tempo se passa sendo puxado? E mais, isso sugere que o espaço implica o tempo e que o tempo não é talvez, nada mais, justamente, que uma sucessão dos instantes do puxamento. Isso exprimiria bastante bem a relação do tempo com esta escroqueria que se designa com o nome de eternidade. O tempo talvez seja apenas isto: as trindades do espaço.

 

Ainda afirma Lacan (p.31): “não há passado a partir do momento em que se trata desta função espacial. É em relação à vida, enquanto viagem, que se pode dizer que existe uma parte que é passada, depois uma outra que resta, assim, a consumir, que se chama de futuro”.

 

As expressões - matéria escura e partícula de Deus - também são expostas na série, para indicar a viagem no tempo. No universo sombrio de Dark, é justamente o deslocamento temporal que possibilita a criação da vida, já que os personagens estão sempre indo e vindo entre passado e futuro e todos são parentes, de alguma maneira.E, nas entradas dos portais que possibilitam as viagens no tempo, está escrita, em latim a frase“Sic mvndvscreatvsest”,traduzida por "E então o mundo foi criado."

 

Ainda encontramos as figuras míticas de Adão e Eva, nas quais se transformam os personagens principais (Jonas e Martha), responsáveis pela geração da humanidade e que alimentam entre elessentimentos ambivalentes de amor e ódio em tempos ou espaços diferentes. Os personagens Jonas e Martha, muitas vezes, são descritos como “errados”, pecadores que não conseguem desistir de seus desejos mais profundos e que são os causadores de tanto sofrimento e até mesmo do Apocalipse, portanto os responsáveis por interromper o ciclo.

 

Sob a forma de Adão e Eva, dominam dois mundos diferentese ordenam aos seus seguidores refazerem o caminho no tempo, infinitas vezes, de forma a provocar uma mudança em seus próprios destinos. Querem desatar o nó que supostamente unia os dois mundos,mas, somente ao aceitarem a terceira dimensão (ou terceiro mundo), conseguem alcançar o ato originário e o ciclo de repetição é rompido.

 

Tudo se repete por que nenhum dos personagens está disposto a abrir mão da imortalidade. Buscam evitar a morte e conquistar a eternidade a qualquer preço. Um mundo onde o Real não estaria presente.Afinal, a afirmativa de que todos os homens são mortais tem um buraco! E a morte propicia a vida na medida em que em torno desse buraco, precisamos construir uma borda onde possamos nos amparar.

 

Nossa existência sustenta-se na ideia de passado, presente e futuro. No entanto, para além das imagens e das palavras que o tempo pode conter e contar, ele sempre nos escapa! Para além das dimensões do Imaginário e do Simbólico, que nos permitem situar nossa existência entre passado e futuro, nos deparamos com o tempo presente na sua dimensão Real. A vida passa, o tempo corre entre os dedos e nos dá a dimensão de nossa finitude, que insistimos em negar ou evitar.

 

A metapsicologia freudiana afirma claramente que o inconsciente é atemporal, que os processos inconscientes não são ordenados temporalmente e não se alteram com a passagem do tempo. Também afirmava Freud que o desejo é indestrutível, vagueia sobre a linha da viagem, desde que a entrada na linguagem se produziu e a acompanha ponta-a-ponta.

 

No mundo ficcional de Dark, ao não admitirem as três dimensões, há sempre uma origem a ser buscada para o sofrimento num campo outro, que não o campo da extimidade.A série está repleta de sutilezas que trazem à tona as oposições e conflitos entre fé e razão, ciência e religião. Os personagens, ao mesmo tempo em que cultuam o conhecimento, a sabedoria e a compreensão das coisas, também perseguem incessantemente um Paraíso. Ou seja, um lugar utópico, onde não existiria dor e sofrimento e ninguém precisaria morrer.

 

Sabemos que a Religião e a metafísica são tentativas de ordenar o mundo e o ser,de dar um sentido a tudo, explicar, esclarecer o início e o fim de todo sofrimento vivido. Apesar de nenhuma religião ser mencionada durante toda a série, os personagens parecem estar em um eterno combate contra um deus: o tempo. 

 

Na narrativa, é somente ao aceitarem a terceira dimensão no espaço-tempo que a morte, a separação, a castração são admitidas e os mistérios se esclarecem. Nem todos! Para um bom expectador da trama, há pontos não explicados, não incluídos nas cenas dos últimos episódios. E, sabemos, a partir do discurso psicanalítico que nem tudo pode ser esclarecido ou decifrado. Há sempre um resto misterioso que permanece.

 

Dark pode ser traduzido como sombrio, escuro, trevas, obscuro, sinistro. E, Lacan, já nas primeiras lições do Seminário 21 trata de nos advertir sobre o que Freud tentara, desde os primórdios de sua obra, esclarecer que a psicanálise não se fundamenta no ocultismo, embora se ocupe do sinistro. Argumenta que não existe nada de comum entre o inconsciente e o oculto, pois o que está alhures, não está escondido. (p.30)

 

Poderíamos pensar que os viajantes no tempo da série Dark são “cavaleiros errantes”, sem rumo, por “recusarem a captura do espaço do ser falante e buscarem preservar sua inteira liberdade de ação”, como aponta Lacan nas primeiras lições do seminário 21? E que ao recusarem sua posição de sujeitos desejantes, vagueiam e não colam na estrutura?

 

É preciso ser tolo, colar na estrutura, e esta não cede, nos diz Lacan. Os não-tolos se recusam à captura do espaço do ser falante e vagueiam de modo errante.

 

É preciso que haja um Real do qual seja tolo, para que o ternário se sustente. Real que pulsa e que nos impulsiona ou nos paralisa, produz sintoma ou angústia! É o mesmo que nos abre as portas: do inferno de gozar a qualquer custo, ou do paraíso de poder decidir sobre para onde nosso desejo aponta.

 

Lacan se pergunta: “Sou eu tolo o bastante para não errar? Será que colo o bastante no discurso analítico para não distrair-me?” Afinal, ser tolo da estrutura não garante que não possamos errar...

 

Questão instigante pela qual gira todo aquele que pratica a psicanálise eticamente, e que nos leva muitas vezes a análise de controle, de forma a não tomarmos distância do Discurso Analítico a ponto de perdê-lo de vista (ou de escuta). Somos errantes, fadados ao erro, mas não errantes que caminham à deriva. É no nó que reside tudo. A topologia é a estrutura que sustenta nossa prática em torno dos buracos e das bordas.

 

No último episódio, as palavras de Adão assim resumem: “A vida é um labirinto, e alguns vagueiam até morrer, procurando uma saída. Mas só há um caminho que leva cada vez mais ao centro. A morte é incompreensível, mas é possível fazer as pazes com ela. O que sabemos é só uma gota. O que ignoramos, um oceano.”

 

Se, em outras produções, privilegiei a experiência clínica apoiada na topologia para abordar o enodamento RSI, neste momento, deixei-me atravessar por essa tempestade pandêmica obscura e sinistra à qual todos estamos submetidos, e escolhi surfar nessa onda Dark.

 

REFERÊNCIAS:

LACAN, J. O seminário 11. (19663-64). Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise

LACAN,J. O seminário 18. (1971). De um discurso que não fosse semblante

LACAN, J. O seminário 21.(1973-74). Os não-tolos vagueiam

 

*Texto apresentado na Jornada de Cartéis da ALPL, 25 de julho de 2020 - Cartel sobre o Seminário 21