Refletir sobre a “Clínica Atual, Psicose e outros nós”, me trouxe interrogantes sobre a minha clínica atual e os nós que ela tem produzido em mim. Desde o início deste ano, tenho me dedicado à escuta de pacientes num ambulatório do SUS. São, em média, 8 atendimentos diários, que muitas vezes se resumem numa única consulta, cuja função é o acolhimento da demanda e seu respectivo endereçamento a um outro profissional ou serviço que poderá dar continuidade ao tratamento. Não se trata, portanto, de uma primeira entrevista que vise o estabelecimento da transferência e da demanda analítica, como acontece usualmente no consultório de um psicanalista.
Nessa realidade diária, escuto crianças, adolescentes e adultos, que muito frequentemente vêm acompanhados de seus pais, esposos/esposas, familiares e até mesmo profissionais da rede pública como professores, conselheiros tutelares, agentes de saúde, etc. Trazem em seu discurso queixas variadas que apontam para formação de sintomas, inibições e angústias, reveladores de diferentes estruturas. Ali tenho a oportunidade de escutar o que raramente chega aos consultórios de um psicanalista nos dias atuais, já que seguimos um fluxo de atendimentos no qual a consulta psiquiátrica deva ser seguida pelo acolhimento com o psicólogo da equipe (neste caso, uma psicanalista). Prática muito divergente do que vivenciamos na rede particular, onde temos nos deparado com uma crescente busca pelo alívio das chamadas “dores da alma” nas receitas farmacológicas, na maioria das vezes prescritas por psiquiatras cuja concepção excessivamente biologizante de “transtorno mental” anula qualquer responsabilidade do sujeito sobre o sofrimento do qual se queixa.
Considero um privilégio escutar histórias tão singulares, e dentre tantos ditos e não-ditos, algo se repete e faz barulho em meus ouvidos: as numerosas tentativas de suicídio que comparecem nos discursos daqueles que chegam diariamente para as consultas.
A Organização Mundial da Saúde tem apresentado números alarmantes sobre o suicídio: taxas que se aproximam de 1 milhão de mortes/ano no mundo, uma média de um suicídio a cada 40 segundos, constituindo-se em uma das maiores causas de mortalidade, especialmente entre os jovens. Estima-se que para cada caso confirmado, haja pelo menos 20 tentativas acontecendo.
A despeito de ser considerado um problema de saúde pública mundial em razão da grandeza do fenômeno, o suicídio, por mais antigo que seja na história da humanidade, ainda provoca uma série de embaraços e questionamentos, não somente entre aqueles que estão diretamente ligados ao sujeito que o cometeu, mas também nos profissionais que tratam desses sujeitos.
Numa reunião de equipe, dias atrás, escutava a psiquiatra do ambulatório assumir uma dificuldade ética nestes casos, pois, segundo ela, os profissionais de saúde, principalmente os médicos, são formados para salvar vidas, para curar as doenças ou aliviar as dores daqueles que desejam continuar a viver. Não estão preparados, contudo, para atender aqueles que desejam morrer, pois isso fere, segundo ela, o “instinto de auto-preservação”.
Sabemos que o único ser vivo que atenta contra a própria vida é o ser falante, cuja entrada na linguagem determina sua desnaturalização e desamparo, responsáveis pelo seu mal-estar. Para nós, psicanalistas, que já não comportamos a ingenuidade do instinto de auto-preservação, o que esse desejo de morte ensina?
Freud (“A pulsão e seus destinos”, 1915) nos oferece uma resposta ao correlacionar o suicídio à pulsão de morte, conceito que designa uma espécie de apetite pela morte, que habita todo falasser, lado-a-lado com a pulsão de vida, de maneira que, a morte e o amor, amalgamados, regem a sinfonia da vida humana (“Além do Princípio do Prazer”, 1920).
Em entrevista cedida em 1926, Freud afirma: “Biologicamente, todo ser vivo, não importa quão intensamente a vida queime dentro dele, anseia pelo Nirvana, pela cessação da febre chamada viver”. (Soraya de Carvalho, p. 138)
Saber que um dia essa febre cessará, torna a vida mais suportável. Se nada sabemos da morte, todos nós conhecemos o peso de nossa existência, desse Real que torna o viver pleno uma impossibilidade. Seria então a morte uma escolha quando a sinfonia regida pelas duas faces da pulsão rompe com a melodia, produzindo efeitos de devastação e sofrimento insuportável?
O retorno à Freud nos permite sublinhar o que aprendemos com a melancolia. Em 1914, no texto “Luto e Melancolia”, encontramos a seguinte afirmação: “Apenas o sadismo resolve para nós o enigma dessa inclinação suicida pela qual a melancolia se torna tão interessante e perigosa. [....] Certamente nós sabíamos há muito tempo que nenhum neurótico experimenta a intenção de se suicidar sem que lhe venha de uma impulsão assassina contra o outro. ”
Argumento difícil de ser digerido por apontar para o sadismo presente na ambivalência amor/ódio que dirigimos ao outro. Além de não sustentarmos a ingenuidade do instinto de auto-conservação, tampouco podemos acatar a ideia de um amor genuíno ao próximo, sem que isso comporte uma quota de destrutividade e crueldade.
O estudo sobre as melancolias permite-nos compreender o reviramento do investimento objetal do sujeito que passa a tratar a si mesmo como o objeto odiado, rechaçado, humilhado, digno de toda a hostilidade presente nas autoacusações melancólicas. Pois, as acusações anteriormente dirigidas ao objeto amado/odiado encontram-se agora voltadas para o Eu, num processo de identificação cujo poder autodestrutivo testemunhamos em muitos daqueles que apresentam pensamentos suicidas, já fizeram tentativas ou estão prestes a fazê-lo. Freud acrescentará mais tarde que o sentimento de culpa e a instância do supereu participam desse processo como uma necessidade de castigo e punição, que pode terminar por demandar do sujeito sua própria eliminação, sua morte.
A experiência mostra, contudo, que a intenção de obter êxito com o ato suicida nem sempre está presente. Podemos escutar pelos diferentes métodos adotados e pelas circunstâncias em torno da cena, que há tentativas de suicídio que buscam inconscientemente o fracasso, e há aquelas em que há uma decisão inequívoca de se matar.
Para Lacan, o suicídio é um ato. Ato não é behavior nem tampouco equivalente de uma ação, que está no campo da motricidade e tem função de descarga. Diversamente, o ato está no campo do significante que inclui a palavra dita, a não dita e a mal-dita. No seminário 15 (Sem 15 – o Ato Psicanalítico, 1967-1968) encontramos a seguinte citação: “O ato vem no lugar de um dizer pelo qual ele muda o sujeito”.
Como tal, o ato visa acabar com a indeterminação do sujeito, promove um atravessamento, uma mudança radical, da qual não é possível voltar atrás. Não existe subjetivação do ato a não ser a “posteriori”, assevera Lacan, ou seja, o sujeito do inconsciente está ausente no ato, pois este é acéfalo, é agido, é da ordem do “eu não penso”.
Paradoxalmente, movido pela pulsão silenciosa, por uma subjetivação acéfala, numa tentativa de romper com a cadeia significante, recusá-la ou livrar-se dela, o suicida, ao provocar sua própria morte, ao abolir a si mesmo, se eterniza como um signo para os outros. Portanto, como ato o suicídio sempre fracassa, mesmo quando aparentemente a pulsão de morte atingiu o seu alvo.
É no Seminário sobre “A Angústia” (Seminário 10, 1962-63) que Lacan aborda as patologias do ato e diferencia o acting-out e a passagem ao ato. Descreveu o “acting out” como um apelo dirigido ao Outo que, em última instância, se traduz numa demanda de amor e de reconhecimento. O sujeito põe sua vida em risco, cria a cena e se inclui nela. “Em-cena” tomado por intenso sofrimento e, pode produzir tentativas de suicídio malogradas em seu ato. Lacan cria o neologismo “monstração” para apontar a dimensão monstruosa desse ato endereçado ao Outro e que pede interpretação.
A passagem ao ato, por outro lado, não contém o aspecto de apelo próprio do “acting-out”. Não há uma mensagem a ser traduzida ou interpretada pelo Outro, mas sim a ausência de um sujeito, pois ao identificar-se ao objeto desprezado, caído, rechaçado em sua dimensão de resto, dejeto do mundo, passa ao ato. Toda passagem ao ato consiste no “deixar-se cair”. No suicídio por passagem ao ato, o sujeito se defenestra numa tentativa de atravessar a abertura, o marco que separa a cena do mundo.
Escuto todos os dias sujeitos mergulhados em sentimentos de raiva, tristeza, desilusão, desesperança e culpa, ou ainda atravessados por uma angústia desmedida, pensamentos de morte, ideação suicida. Para alguns deles, a morte não se constitui como num enigma, mas, ao contrário, se impõe como uma certeza para estancar sua dor de existir.
Joana se jogou do carro na semana passada; Alfredo andava com uma corda dentro do carro até o dia em que teve a oportunidade de se enforcar numa árvore; Marília cortou-se várias vezes (tinha o hábito da automutilação) até que naquele sábado o corte foi mais firme e menos superficial; Ricardo se envenenou; Larissa, de apenas 11 anos, pela terceira vez ingeriu medicamentos de forma excessiva diante de situações de frustrações vivenciadas como decepções insuperáveis.
Se, diante do real como impossível, a resposta é sempre particular, de que depende que um sujeito produza um sintoma, uma criação, um delírio, uma lesão no corpo, ou um ato suicida?
Devemos escutar o suicídio em sua singularidade, na clínica do caso-a caso, em diferentes estruturas ou mais especificamente, participando de diferentes nós ou cadeias borromeanas. A dor-de-existir, sabemos, diz respeito ao encontro com o Real, esse impossível e inefável diante do qual cada sujeito deve se posicionar em relação ao seu desejo e ao seu gozo. E isso dependerá do enodamento Real Simbólico Imaginário e do fantasma que o sustenta, campo operatório de todo psicanalista.
Apoiado nas afirmações de Freud no texto “Uma criança é espancada”, Lacan apresenta a fórmula do fantasma inaugural (1966/67 – A lógica do fantasma) – $ <>a - para mostrar no matema que, marcado pela lei da castração, o sujeito se sustenta para sempre ligado e ao mesmo tempo separado do objeto de seu gozo.
O fantasma possui, portanto, uma função de proteger o sujeito do encontro com o Real. Se por um lado funciona como um véu que mascara o Real, ou como uma moldura que enquadra a realidade, por outro lado marca limites e sustenta o sujeito, prendendo-o em sua trama, como afirma Tyszler (2014).
É por poder contar com a frase de seu fantasma que o sujeito pode trilhar a via do desejo. Contudo, o fantasma não nos é dado pronto. Dependerá da estrutura do Outro e das contingências da relação que se estabeleceu entre o pequeno ser com o Outro e o outro para que se possa escrevê-lo.
Essa construção leva tempo e pode vir a fracassar. Há fracassos definitivos quando há uma impossibilidade absoluta de responder ao enigma do desejo do Outro, como nos autismos e psicoses.
O suicídio, nestes casos, são passagens ao ato cuja função é romper com o gozo imperioso do Outro. Nas psicoses, encontramos sujeitos orientados ou submetidos muitas vezes às vozes alucinatórias de conteúdo persecutório ou auto acusatório. Aqui também podemos incluir o suicídio melancólico, considerado o paradigma do suicídio, em que o sujeito plenamente identificado ao objeto como resíduo, resto, excremento, se precipita para a morte de modo radical e geralmente irreversível. Independente de situar a melancolia no lado das psicoses, como propôs Lacan, ou na categoria de uma neurose narcísica, como nos apresentava Freud, encontramos aqui uma falha imaginária radical em sujeitos que não dispõem da frase de seu fantasma para se defender e se proteger do Outro onipotente e invasivo.
De outro modo, no campo das neuroses, as tentativas de suicídio podem ser lidas, em sua maioria, como acting-outs, modos de dizer não pelas palavras, mas pela via da mostração e da encenação dirigida ao Outro. Demanda de amor e de reconhecimento, de ocupar um lugar no desejo do Outro que assegure sua significação fálica. Mais ainda denunciadas nas cartas e bilhetes deixados pelo suicida como pedidos de desculpas ou ainda endereçando ao outro a culpabilização de sua morte, numa espécie de vingança de inimigos reais ou fantasiados. (Quem assistiu “13 razões”? Não são 13 Por quês, de modo interrogativo, mas 13 razões que se dirigem a 13 pessoas que a fizeram sofrer .... ).
A leitura do livro “A clínica dos fracassos da fantasia” de Silvia Amigo (2007) tem me ajudado a pensar sobre esses casos. Ela afirma que diante de situações críticas da vida de um neurótico, podem ocorrer “fracassos ocasionais do fantasma”. O sujeito entra em crise e perde momentaneamente a disponibilidade de seu fantasma/fantasia: “como se desmantelasse o quadro, caíssem as cortinas, se derrubasse o bastidor, carecendo momentaneamente da figuração do objeto”.
Podemos também encontrar “fracassos estáveis do fantasma”, que a autora descreve em sujeitos que, embora neuróticos, se sustentam “na corda bamba”; onde a ordem simbólica está presente, mas a corda do imaginário balança e isso tem suas consequências
Anos atrás, escutava Norberto Irusta (2000, p. 92-93) nomear de “buracos negros no espelho” (Black Mirror?) aquelas falhas na constituição do fantasma, na identificação narcísica e na formação da imagem ideal que desencadeiam os transtornos alimentares, os fenômenos psicossomáticos, as tentativas de suicídio, dentre outros fenômenos: “Pontos cegos por onde o Eu se escoa nas passagens ao ato; espelhos sem borda, onde os limites esvanecem, desconfigurando as referências de continente e conteúdo, de dentro e de fora (...)”
Nestes casos, diferentemente do que encontramos nas psicoses, a corda do simbólico sustenta-se no título S1(significante unário) já recebido, mas no que diz respeito à significação fálica e ao lugar do (-phi), se mostram mal traçados, e apresentam sua problemática entre o Real e o Imaginário, onde situamos o Gozo do Outro, aquele do qual devemos renunciar para acessar ao gozo fálico
Nos tempos da constituição subjetiva, para lançar-se como objeto buscando uma significação, o pequeno ser precisa contar com a falta no campo do Outro e então dirigirlhe a insistente questão: “O que queres de mim? “, enigma do desejo do Outro. Dá-se a operação alienação-separação, cujo resultado é a instalação do traço unário, dimensão simbólica que também instaura o Real como aquilo que não se inscreve. De maneira sincrônica acontece a formação narcísica, a constituição do corpo unificado no atravessamento do estádio do espelho. Há o UM do traço necessário para a constituição da dimensão simbólica e o UM do corpo que constitui a dimensão do imaginário. Alienação no campo do significante articulado à alienação da imagem que só é possível quando o lugar do (-Phi) está assegurado, lugar da castração, do falo imaginário negativado no Outro e que assegura a retirada do investimento de gozo no corpo infantil, produzindo a queda do objeto, a constituição do objeto a enquanto causa do desejo e furo central que permitirá a estruturação do nó borromeu – RSI.
É na disfunção do (-phi) que Silvia Amigo (2007) encontra as bases dos fracassos das fantasias/fantasmas nas patologias narcísicas e nas melancolizações. Esse fracasso repousa no fato de que o objeto a não pode terminar de localizar-se em sua face imaginária. Nestes casos, a corda bamba do imaginário põe em relevo o Gozo do Outro e tampona o lugar de vazio que deveria comparecer como (-phi).
O que encontramos no ato suicida é uma inabilidade do sujeito diante da falta no Outro, na medida em que a falta possa vir a faltar. Frente à eminência da falta da falta no Outro, o sujeito perde a garantia de poder relançar seu desejo metonimicamente, sem correr o risco de ser tomado como objeto coisificado.
Abre-se aqui um percurso interessante para discorrer sobre a melancolia e a depressão, como nomes da tristeza que insistem na clínica da atualidade. Psicanalistas contemporâneos como Jean-Jacques Tyszler, Roland Chemama, Marie-Claude Lambotte, dentre outros, trazem contribuições riquíssimas ao legado freudiano e lacaniano, e fornecem um campo vasto de investigações clínicas e teorizações sobre a chamada depressividade contemporânea ou mesmo sobre o discurso melancólico que nos interroga desde o laço social.
Por hora, lembremos apenas que a depressão não é sintoma, mas, inibição. E, para Lacan (Sem X), a inibição revela uma armadilha narcísica que leva a uma série de impedimentos, embaraços e perturbações e a relaciona à angústia e ao acting-out.
Numa posição do “eu não penso”, “não quero saber nada disso”, movido pela pulsão e não pelo desejo, aquele que sofre em silêncio não se interroga, mas tal demanda muda deve interrogar o psicanalista. Questões éticas se abrem: O que pode ser feito aí? Como conduzir nosso trabalho frente ao apetite pela morte?
Quando a vida está por um fio, o manejo clínico deve operar pelas cordas do Real e do Imaginário, como nos diz Silvia Amigo. Devemos assegurar ao Real o seu lugar, para que possa se restabelecer o lugar do (-phi), ali onde esteve vacilante, de modo que a angústia não potencialize a saída da inibição pela via do acting-out, ou até mesmo da passagem ao ato.
Seja pela corda no pescoço, pelo envenenamento ou pelo corte dos pulsos, a corda bamba do imaginário pode levar o sujeito ao fio da navalha, como saída para seu sofrimento diante de um Real insuportável. Se o fantasma fracassa e ao invés de proteger o sujeito, mantendo-o afastado de sua condição objetalizada e coisificada, coloca-o na iminência de perder sua condição subjetiva, por mais paradoxal que possa parecer, sua morte causará o corte necessário, o fio da navalha para sua subsistência no simbólico. Será para sempre um nome marcado por esse significante
Se a pulsão de morte faz seu trabalho silenciosamente, nem por isso devemos ficar surdos. É preciso dar ouvidos à angústia gritante dos que seguem o caminho na corda bamba, tal como equilibristas, mas capturados pelo gozo mortífero. Caso contrário, seremos meros expectadores de destinos tão sombrios.
As intervenções de Angela Valore e do Dr Tyszler durante o Colóquio nos fazem refletir sobre a ética da psicanálise frente ao sujeito na contemporaneidade. Como foi dito ontem, nos conduzimos no “fio da navalha”, entre o campo ético e o da moralidade. Me arrisco a acrescentar o fio da esperança, tão necessário para suportar esse difícil ofício de psicanalisar hoje.
Finalizo com as palavras de Paulo Leminsky que, por ser poeta, busca traduzir a dor de existir:
Viver não tem cura
Leitura,
Letras,
Literatura,
Tudo o que passa,
Tudo o que dura,
Tudo o que duramente passa,
Tudo o que passageiramente dura,
Tudo, tudo, tudo, não passa de
Caricatura de você,
Minha amargura,
De ver que viver não tem cura.”
REFERÊNCIAS
Amigo. S. Clínica dos fracassos da fantasia. RJ: Cia Freud, 2007.
Carvalho, S. A morte pode esperar? Salvador: Campo Psicanalítico, 2014
Freud, S. (1914) Luto e melancolia. RJ: Imago, 1986.
Freud, S. (1915) A pulsão e seus destinos. RJ: Imago, 1986.
Freud, S. (1920) Além do Princípio do Prazer. RJ: Imago, 1986.
Lacan, J. Seminário X (1962-1963) A Angústia. Publicação não comercial.
Lacan, J. Seminário XV. O Ato psicanalítico. Publicação não comercial. Tysler, Jean-Jacques. O Fantasma na Clínica Psicanalítica. Association Lacanienne Internacionale. Trad. Letícia P. Fonseca. Recife, 2014.